Os principais erros que as empresas cometem ao migrarem para a nuvem
Nos dias de hoje, migrar para a cloud não é algo opcional, e sim obrigatório. Qualquer empresa que deseje ficar a um passo à frente de seus concorrentes precisa deixar de lado toda a sua infraestrutura de TI local – ou pelo menos parte dela –, hospedar seus sistemas e armazenar suas informações na nuvem. Mas assim como qualquer outra empreitada, a migração para a cloud computing também requer alguns cuidados.
Caso ocorra algum erro durante a jornada para a nuvem, a missão certamente irá fracassar, e a empresa não poderá colher todos os benefícios proporcionados por ela (escalabilidade, flexibilidade, redução de custos etc.).
E esta jornada engloba desde a fase de escolha da nuvem mais adequada às necessidades do negócio até a efetiva migração dos dados e sistemas para os servidores do provedor de computação em nuvem.
A seguir, listamos os dez principais erros cometidos pelas empresas na hora de migrarem para a nuvem, e o que exatamente fazer para contorná-los. Veja quais são eles:
1. Não escolher o modelo de nuvem mais adequado para o negócio
Nuvem pública, privada e hibrida. Estes são os três modelos de nuvem existentes na atualidade. Cada um deles possui suas vantagens e desvantagens. Por isso, é importante que os gestores analisem as características de cada modelo e escolha aquele mais adequado para as necessidades do seu negócio, levando em conta fatores como segurança, regulamentação, níveis de serviço etc. Conheça o perfil de cada uma delas:
• Nuvem pública: é fornecida por um provedor de cloud, que disponibiliza servidores que são compartilhados por várias empresas;
• Nuvem privada: é desenvolvida para atender as necessidades ou demandas específicas de uma determinada organização;
• Nuvem híbrida: une os modelos de nuvem listados anteriormente, e permite que os dados sejam facilmente transferidos de uma nuvem para outra.
2. Não analisar os fornecedores
Cada fornecedor tem suas próprias características, diferenciais e qualidades, o que significa que nem todos entregarão um serviço adequado para atender as necessidades do seu negócio. Além disso, deixar de analisar o fornecedor aumenta a possibilidade de que o serviço oferecido não seja de qualidade, gerando prejuízos ao negócio. Para fazer encontrar um bom parceiro comercial, é recomendável que sejam feitas as seguintes análises:
• Soluções: veja quais são os serviços da empresa, a capacidade de seus data centers e os serviços complementares;
• Experiência: tempo de mercado, área de atuação quantidade de clientes fidelizados, pois isso mostra a capacidade do fornecedor em satisfazer seus clientes no longo prazo;
• Atendimento: teste a qualidade do atendimento entrando em contato com os vários canais da entidade. Verifique se o tempo de resposta e de disponibilidade, a educação e atenção dos atendentes, entre outras qualidades;
• Custo-benefício: um bom custo-benefício consiste em receber amplos serviços por um preço mais acessível;
• Processo de implementação: confira se há um procedimento específica de migração dos documentos físicos para nuvem.
3. Não planejar o processo de migração
Outro erro muito comum é o não planejar a empreitada. Muitos gestores não a realizam por falta de tempo ou mesmo de interesse. Mas o sucesso da migração depende desse planejamento.
Por isso, é fundamental arquitetar todos os processos, levando em conta principalmente a encriptação dos dados e as possíveis limitações relacionadas à migração de dados da infraestrutura local para a nuvem. Entre os tópicos que devem estar no planejamento são:
• Lista dos profissionais envolvidos no projeto e suas responsabilidades;
• Indicadores-Chave de Desempenho (KPIs) que serão utilizados);
• Forma de monitoramento e controle;
• Os recursos necessários para fazê-lo;
• Objetivos e metas da migração;
• Cronograma para migração.
4. Não documentar
Depois de estruturar um processo de migração eficiente, seguro e otimizado, é fundamental que você documente todo o procedimento e mantenha um controle de todos os arquivos que são enviados à nuvem.
Isso permite que você saiba de forma precisa quais documentos foram transformados para o modelo digital ou não e a finalidade de cada um. Caso um arquivo esteja perdido ou não seja encontrado, por exemplo, você poderá conferir se ele foi levado à nuvem ou onde ele se encontra no data center. Na prática, você deve definir uma etapa para cada tipo de documento serão migrados para o formato digital.
5. Não se preocupar com a segurança dos dados e aplicações
A partir do momento que um negócio contrata os serviços de um provedor de cloud, a responsabilidade pela segurança dos dados passa a ser dividida entre eles. O provedor ficará responsável pela proteção dos servidores, e oferecerá várias ferramentas de segurança.
Já a empresa precisará adotar boas práticas de segurança ao migrar seus dados para a nuvem e utilizar as ferramentas disponibilizadas pelo provedor.
6. Não avaliar os riscos envolvidos na operação
No decorrer do processo de migração, falhas podem ocorrer. E se os profissionais de TI da empresa não estiverem preparados para saná-las, perdas de informações poderão ocorrer. É por este motivo que os gestores jamais devem ignorar os riscos. Antes de fazer a migração, é muito importante fazer uma análise completa dos riscos, para que eles possam ser gerenciados e neutralizados durante a operação.
7. Não verificar a tecnologia utilizada pelo provedor de cloud
Na hora de escolher o provedor de cloud, é crucial analisar a sua infraestrutura e a forma como ele cuida da segurança dos dados. Como dissemos anteriormente, os profissionais da empresa devem estar preparados para os possíveis riscos da migração. Mas o provedor deve fornecer ferramentas confiáveis que possam ajudá-los a neutralizar esses riscos e minimizar as chances da empreitada ser um fracasso.
8. Não dimensionar os recursos
O processo de migração para nuvem é um projeto que pode exigir mais recursos ao negócio, dependendo do seu nível de transformação digital. Para que a empresa não gaste mais que o necessário ou esperado, é importante que a entidade calcule todos os custos necessários para conclusão do procedimento.
Esse custo será minimizado quando a empresa contrata uma empresa especializada em data centers na nuvem, já que seu negócio não precisará arcar com aquisição de inúmeros servidores, redes, computadores e outros equipamentos, com atualizações dos aparelhos e manutenções.
8. Não treinar os seus colaboradores
Na prática, são os colaboradores que utilizarão o sistema nuvem, por isso é fundamental que eles sejam capacitados e conheça as ferramentas. Basicamente, é recomendável que eles sejam treinados para usar a plataforma nuvem, bem como tenham um período de adaptação para se acostumarem à tecnologia.
Também é necessário que a cultura organizacional seja transformada e focada na inovação, fazendo com que todo o pessoal esteja disposto a adotar a nuvem na sua rotina. Além do treinamento, você pode fazer reuniões para que o pessoal compreenda a importância e os benefícios da nuvem, incentivar o uso da tecnologia no dia a dia do pessoal, entre outras medidas.
9. Não verificar os resultados da migração
Os gestores precisam conhecer os resultados de todas as mudanças no negócio, assim eles saberão se o projeto foi vantajoso ao negócio e se atingiu seus objetivos. Para verificar esses resultados, os administradores precisam definir os KPIs adequados, que são métricas aplicadas antes, durante e após as alterações feitas na organização. Alguns dos indicadores que podem estabelecidos são:
• Custos totais para migração;
• Otimização obtida pelo negócio;
• Valor economizado no budget de TI;
• Número de interrupções que o procedimento sofreu;
• Disponibilidade da infraestrutura (tempo que ela permanece online);
• Tempo de duração de cada fase da migração e de todo o processo.
Agora que você já sabe quais são os principais erros cometidos pelas empresas na hora de migrarem para a nuvem, comece a tomar medidas para contorná-los.
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