Protocolo IPv6 e segurança: entenda essa relação
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Quando a internet começou a ganhar mais usuários, na década de 80, a rede era um espaço tímido e de uso simples, em que as pessoas estavam mais preocupadas em trocar textos e informações.
Com o passar dos anos, o desenvolvimento da tecnologia e a universalização do serviço, a internet passou a ter uso mais robusto, como as chamadas de vídeo em tempo real, inúmeros sites com biblioteca de vídeos e outros tipos de uso com arquivos mais pesados.
Entre tantas mudanças, essa universalização trouxe uma preocupação específica que é fundamental para o uso da internet: a segurança.
Quando um determinado endereço é registrado, recebe um protocolo IP, que é uma espécie de “RG” de cada dispositivo conectado à rede mundial de computadores.
Até 1998, os requisitos de segurança eram garantidos com o IPv4, um protocolo robusto e completo, amplamente testado nos mais altos níveis de segurança. O grande problema é que há uma limitação de uso desse protocolo.
Em seu lançamento, o protocolo IPv4 oferecia espaço para 4,3 bilhões de endereços. Na época, era uma quantidade altíssima. Mas hoje, esse número já está quase totalmente alcançado.
Sabendo desse rápido declínio de endereços com IPv4, em 1998 foi desenvolvido o IPv6, que oferece endereços de até 128 bits e capacidade de atender 340 undecilhões de endereços.
Mas há quem resista na migração dessas soluções – ainda que, futuramente, seja inevitável. E esse receio está relacionado, principalmente, à segurança. Para esclarecer as principais dúvidas desse assunto e deixar claro o quanto o IPv6 oferece proteção aos usuários, trouxemos alguns tópicos a seguir. Confira!
IPv4 e o problema do esgotamento
Por mais de 30 anos, enquanto esteve em uso, o IPv4 era mais do que suficiente para atender alguns usuários que navegavam nas condições limitadas de como era a internet.
Mais de três décadas depois, com a variedade de conexões por rede, os bilhões de smartphones, tablets, jogos e até eletrodomésticos, esses 4 bilhões de endereços do IPv4 já estão quase todos ocupados.
Atualmente, por mais que muitos usuários queiram iniciar seus novos endereços usando o IPv4, já não é uma decisão tão viável, pois, além de não oferecer o suporte de segurança necessário, essa escolha pode encarecer os custos.
Isso porque os encargos com mão de obra e esforço já superam os investimentos que seriam necessários ao uso do IPv6. Além disso, a tentativa de utilização simultânea do IPv4 com o IPv6 pode trazer conflitos de segurança e gerar grandes riscos.
Quais são os benefícios de adotar o IPv6?
A preocupação com o esgotamento do IPv4 já é antiga. Em 1993, alguns especialistas já alertavam sobre a necessidade de criar uma versão que atendesse a grande demanda que poderia surgir.
Foi quando em 1998, o IPv6 deu seus primeiros sinais, sendo lançado oficialmente em 6 de junho de 2012.
O IPv6 veio não só para resolver a questão do esgotamento de endereços com o IPv4, mas também para resolver questões de segurança que o antigo protocolo já não atendia.
Além de maior proteção, os benefícios imediatos com a adoção do IPv6 são melhorias na performance e velocidade dos serviços na nuvem.
Por que o protocolo IPV6 é mais seguro?
São muitos os pontos que garantem ótimo potencial de segurança do IPv6:
Capacidade de endereços em 128 bits
Por usar um pool de endereços significativamente maior, com 128 bits e escalabilidade, o IPv6 oferece maior complexidade para que possíveis invasores verifiquem e identifiquem o host, dificultando ataques.
Criptografia de ponta a ponta + verificação de integridade
Assim como o IPv4, o IPv6 oferece criptografia de ponta a ponta, possuindo níveis altíssimos de segurança para as informações trafegadas na internet.
Outro ponto adicional à criptografia é a verificação de integridade, combinação já utilizada em VPNs, e que são componentes padrões no IPv6, dificultando bastante os ataques do tipo man-in-the-middle.
Segurança superior na resolução de nomes
O protocolo Secure Neighbor Discovery (SEND) é um diferencial que permite ao IPv6 uma resolução de nomes mais segura. Com o SEND, há confirmação criptográfica de que um host é realmente quem ele afirma ser. Com isso, ataques como ARP Poisoning e IP Spoofing ficam muito mais difíceis de serem realizados.
Como o IPv6 oferece maior flexibilidade e infraestrutura mais completa, e esses níveis de segurança adicionais são relativos ao design e implementação correta, haverá um ganho de nível importante quanto às questões de segurança.
Vale dizer ainda que, em quase 10 anos de uso, o IPv6 passa, dia a dia, pelos mais diferentes tipos de avaliações que permitem alcançar e desenvolver toda a segurança necessária quando o assunto é IP.
Migração para o IPv6 já é necessário e urgente
A migração do IPv4 para o IPv6 não é uma questão hipotética: ela realmente acontecerá. Logo, a decisão não é “se”, mas “quando” isso será realizado. E é uma questão importantíssima para as empresas que baseiam seus negócios na internet. Ou seja, quase todas. E para isso, um parceiro robusto e com ampla expertise é indispensável.
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